domingo, 20 de maio de 2012

UM RECANTO POÉTICO!


Olá pessoas... Bem, vou justificar este post estranho aqui na página principal - todos são sabedores que comento, aqui, assuntos relacionados com comunicação, foto e/ou designer. Mas hoje, terei que destacar a minha mais nova descoberta. Leiam - abaixo - meu texto para o facebook.

Bom, ontem, após a seção trabalho, resolvi, juntamente com os amigos Jeveh Silva, Eloir Chaves, Veronica Pereira e o Walmor, tomarmos uma cervejinha e jogarmos sinuca... Pensei... 

- Aonde? Pato Branco concentra suas fontes de lazer em uma única  rua - na verdade na Avenida Tupi - local este que não encontrara nenhum ambiente acolhedor suficiente para abrigar mesas de sinuca e ao mesmo tempo oferecer aquela cervejinha gelada...

Quando descobri o local; escondido e provinciano, para tal aventura quase matinal. 

CENÁRIO - um porão (localizado embaixo da Pizzaria Pancitus) com cadeiras rústicas e um povo estranho...

PENSAMENTO - nunca entrarei aí... Farei um social de 5 minutos e sairei ao estilo francês...

CONCLUSÃO - a primeira olhada fora demasiadamente discreta - ambientando-me com o local, com as cores e com os cheiros - porém ao passar dos minutos percebi sobre o balcão duas pilhas de livros, aconchegadas ao lado de um belo tabuleiro de xadrez, amparados por uma estatueta de aço fundido que se localizada em par com uma ampulheta antiga e discreta - erroneamente concluí que as obras eram para doação. Ao dar uma investigada maior de canto de olhos percebei que em um canto haviam pessoas dedilhando acordes da velha guarda em um violão vistoso, em outro canto encontrava-se um grupo de poetas recitando poesias de forma curiosa (completavam poesias com poesias próprias, mais parecia um exercício de improvisação teatral, porém com textos famosos), fiquei boquiaberto, ainda mais espantado quando decifrara os acordes de blues que soavam de umas caixas de som espalhadas pelo recinto... Meu único pensamento foi: CADÊ A Sharon da Quitanda?

Entre algumas partidas de sinuca - agora já ambientado com o local - bestifico-me em ver que o tabuleiro de xadrez e a ampulheta não servira somente como objetos decorativos - que no momento orneavam com o local - mas sim, tivera sua função, seu objetivo e um casal de amigos, sentam e debulham sua concentração em uma partida rápida e despretensiosa. Intensifico agora agora o cenário para vocês!


CENÁRIO: King cantava e encantava a todos, com seus acordes melancólicos que vai de um blues melódico a uma poesia em forma de som. Em um aglomerado de mesas, homens - bonitos e viris - deslisavam suas habilidades em partidas de sinuca, mulheres - tipicamente alternativas - rebatiam seus pés contra o chão procurando um compasso entre a música e seus pensamentos, na sacada, fumantes cantarolavam entre uma tragada e outra, em um canto, meia luz, um canto sóbrio, repleto de alegria contagiante (eu mesmo não fui até lá por falta de coragem, ou por medo da receptividade) poetas estranhos brincavam de poetar com versos e estrofes de outros autores, já mais a frente, localizara com facilidade um jovem casal deslizando cuidadosamente as peças pelo tabuleiro metódico e bicolor do xadrez. Uma frenesia contagiante, um ar melancólico, uma mistura envolvente de CULTURA e ENTRETENIMENTO - e dos bons. Nas paredes, celebridades vigiavam tudo, controlavam suas expressões  e os tijolos que fora pintados de um marrom alaranjado, completara aquela curiosa e auspiciosa atmosfera que quebrara por completo meu preconceito com o local - já havia passado diversas vezes pelo local, mas minha ignorância impedira de adentrar e ambientar-me com o "novo".


CONCLUSÃO: há em Pato Branco um ambiente novo, arrojado e que - com a certeza absoluta - tornarei-me cliente... Livros, Diversão, Boa Música, Pessoas Inteligentes e tudo isso envolto de risos e cerveja gelada... É óbvio que estarei presente em uma madrugada próxima!


obs.: a foto não é muito boa pois tirei com o celular!

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