HOMOFOBIA - UM FARDO SOCIAL

Fiquei simplesmente bestificado vendo a ignorância e falta de conhecimento por parte de algumas pessoas e, até mesmo, organizações... Houve uma época “remota” onde o currículo do cidadão fala-se por si só, hoje, esta realidade é totalmente diferenciada... Além de provar seus méritos acadêmicos e científicos, parece-me que têm-se que provar ser “hetero” suficiente para ingressar em tal corpo corporativo. De frente com tal questão, redundante, pus-me a pensar sobre fatos que assolam nossa sociedade – até então hodierna, progressista e evolutiva – de frente a lembranças trágicas, “caí na rede” para procurar dados mais precisos e recentes sobre tal assunto... O SUSTO FOI AINDA MAIOR...

HOMOFOBIA VIRTUAL

A internet, este mesmo veículo de comunicação que nos aproxima inexoravelmente da realidade mundial, é também uma das grandes fomentadoras da discriminação. O Orkut é um dos principais canais homofóbicos e de propagação favorável ao preconceito; seja ele qual for...  Dentre as denúncias existentes por conta da Homofobia 93% são oriundas desta rede, que ocupa o primeiro lugar no ranking nacional frente às redes sociais utilizadas pelos brasileiros. Também é comum vermos comunidades voltadas à fomentação e a recriminação de grupos sociais, como exemplo a comunidade – ODEIO TRAVECO – MATEM OS GAYS – entre outras.

Apesar de a rede ter se tornado uma grande fomentadora de ações agressoras aos homossexuais, há também manifestos íntegros que protegem e demonstram carinho e apoio à classe... Um dos exemplos atuais é a campanha – EU SOU GAY – que está agitando as redes sociais ganhando reconhecimento de artistas famosos que utilizam o TWITTER para se expressar com o mundo. A campanha é simples, podem participar heterossexuais, homossexuais, bissexuais, travestis, gays, bibas, drags, emos, punks, enfim, qualquer cidadão que esteja farto desta ignorância toda... Fica aqui a dica, entrem e participem desta campanha... CLIQUE AQUI E VISITE O BLOG.

PROFISSÃO – GAY!

Ser um profissional hoje não basta ter apenas um determinado hall de “experiências”, mas sim, trazer um laudo psiquiátrico – sim, pois isto tudo parece loucura – afirmando seu estado sexual como HETEROSSEXUAL. Porque não vemos policiais assumidamente gays, ou políticos, médicos, bancários, professores, e não estou citando ainda formadores de opiniões, como repórteres, pastores e outros pregadores da “verdade”. Parece-me que gays possuem como reconhecimento profissional áreas desvalorizadas ou recriminadas pela grande massa social, como: estilista, decorador, cabeleireiro, designer, e outras formas delicadas de trabalho... Ofuscar um talento, além de ser um crime bárbaro é a forma mais impregnada de preconceito, deve e um dia, será, enquadrada como ação homofóbica.

Outra forma berrante de preconceito foi a discriminação sofrida pelo atleta do Vôlei Futuro - Michael dos Santos – que em uma de suas, fantásticas, participações arrebatadoras nas quadras da Super Liga de Vôlei,   sofreu, de forma coletiva, ações discriminatórias por parte da torcida adversária – totaliza-se aproximadamente 2.000 pessoas, que como um grande coro, sonorizaram o Ginásio Riacho com acordes ofensivos como: “bixinha”, “gay”, etc. Além deste trágico exemplo de incompreensão social, podemos relembrar de outras ações – de grandes proporções, ganhando reconhecimento da mídia global – relembremos algumas...

PROFESSOR UNIVERSITÁRIO SOFRE AÇÕES HOMOFÓBICAS NA RUA AUGUSTA – Notícia dada pelo Canal G1, relatando a agressão sofrida pelo professor Guilherme Augusto Rodrigues, que além dos hematomas espalhados pelo corpo, teve sua moral, também, posta em xeque, quando aconselhado pelos Policiais A NÃO REGISTRAR DENÚNCIAS CONTRA O GRUPO OFENSOR...

JOVENS SÃO AGREDIDOS NA AVENIDA PAULISTA – Notícia vinculada á Rede Globo de Comunicação retratando ações sofridas por grupo de jovens que voltando para seus lares, sofrem agressões de grandes proporções por jovens que propagam o FORA GAYS.

Casos assim, isolados, retratam uma ação de grandes centros, mas a ação pode ser visualizada em nosso meio: PATO BRANCO SOFRE AÇÕES HOMOFÓBICAS – Em meados de 2003 o caos veio a tona, relembrando: JOVEM QUASE DEGOLADO NA RUA GUARANI POR AGRESSÕES DE SEU SUPOSTO COMPANHEIRO... Querem outro exemplo? PIXAÇÕES EM MUROS PÚBLICOS DIZEM – FORA GAYS... Ainda não se convenceu? Formatura de Administração, turma 2005, segurança contratado – “É VIADINHO, NÃO REVISTE”.

Analisando um cenário regional temos: Francisco Beltrão – Pr, cidade com aproximadamente 75.000 habitantes, possui uma política voltada ao progresso social para tanto o incentivo à cultura sustentável é presente, além de tudo, tal município possui LEI DE PROTEÇÃO AOS HOMOSSEXUAIS, além da ONG THÉSPIS, que possui como ideologia a proteção, formação de caráter e conduta de cidadãos LGBT’s. Pato Branco, um cenário parecido com a cidade citada acima, IDH parecido, distanciadas aproximadamente 80km, porém o cenário é totalmente oposto. Pato Branco, considerada a capital do sudoeste, possuí uma comunidade acadêmica crescente, pólo de saúde, possui eventos freqüentes à classe em questão, porém, a injustiça e falta de ações legais assolam a comunidade LGBT que sofre calada e reprimida.

No Senado a lei rasteja, o Projeto de Lei, posto em votação no ano de 2006 ainda não foi deferido... Como podemos mudar este cenário? Preenchendo um baixo assinado virtual, ou ainda, ligando ao 0800 do Senado deixando seu registro e até mesmo sua opinião... (LISTA DE E-MAIL DO SENADO) Quem quiser protestar via telefone o número é o seguinte: ALÔ SENADO 0800 61 22 11.

Vamos sofrer calados vendo esta injustiça? Até quando? Até quando a sociedade pato-branquense - vamos filtrar um pouco a discussão – irá se deparar com tais questões? Quando teremos uma sociedade justa e uniforme? Quando poder-se-á andar pelas ruas com a “cabeça erguida”? Quando este cenário aqui apresentado será apenas um sonho ruim? Quando? Faça sua parte, exija, respeite, diga NÃO A HOMOFOBIA você também... Seja um cidadão, faça a diferença e seja a diferença!