terça-feira, 9 de abril de 2013

RESPONSABILIDADE COMUNICATIVA


A comunicação organizacional, hoje, mudou, deixando de ser apenas uma ferramenta complementar ao Endomarketing e passou a ser uma atividade complexa, onde o comunicador assume uma  posição ativa frente à corporação e seus círculos sociais. Houve o tempo em que comunicar-se entre departamentos era apenas um recurso minimizador de tempo e custos, porém, hoje, vivemos em um universo cercado de mídias, processos e contextos, adaptar-se a estas novas formas comunicacionais é um fator de extrema importância – relativamente ambígua – chegando a um contexto complementar entre comunicador e contexto.

 A relação entre a mensagem e contexto está sendo enfatizado em um processo complexo onde a imagem corporativa está diretamente relacionada e posta em questão. Onde há um grupo de pessoas se comunicando em um ambiente virtual – ou não – a linguagem, (esta que é um processo interpretativo da gramática frente à dialética), passa a ser uma articuladora de mudanças no quadro psíquico colaborativo.

As relações interpessoais, dentro de um processo comunicativo interno à instituição, em sua teoria, deve possuir a construção direta de valores frente a corporação, mas também, visando uma projeção da marca em seu público externo, e isso acarreta em uma padronização de imagem corporativa, fazendo com que todos tenham o mesmo princípio e conteúdo a ser levado. Agora, em uma atualidade onde a velocidade da informação é baseada no imediatismo a mensagem a ser transmitida precede de um círculo comunicacional construtivo, onde a mensagem de início sofre ações e mutações ganhando novas linguagens, contextos e interpretações.

As redes sociais frente a este quadro corporativo é uma das ferramentas que visam – em sua teoria – o crescimento corporativo, bem como unificar o elo comunicativo entre pessoas e processos, sempre, visando a minimização burocrática do ato de comunicar-se. A alienação do colaborador frente à cotidianidade de fatos e processos faz com que o seus fatores motores e emocionais interajam em uma proposta adversa à ação proposta, galgando, cada vez mais, traços dispersos frente a ociosidade e a propagação de valores não reais ao seu papel quanto agente ativo do meio. O processo passivo da comunicação corporativa, além de trazer atritos ofuscantes frente ao quadro interno de colabores, pode também criar situações adversas e obscuras frente a corporação. Como? Com falácias imorais e ações degradantes dos valores propostos chegando a corromper ou prejudicar o crescimento corporativo, bem como convergir negativamente na rede, criando assim, processos que denigram a imagem fazendo com que a mesma venha até mesmo ao rompimento de atividade.

Contudo a interatividade “corporação & cooperado“ deve, sim, ter o mesmo ponto de partida, a alavancagem, ou fomento corporativo, tornando estes processos comunicativos em uma ferramenta positiva ao crescimento sustentável da empresa, porém a forma de gerenciar, manipular e articular a informação, ainda é de cunho individual. Corporações a partir de médio porte investem em TI (tecnologia da informação), para efetivar um gerenciamento quanto a comunicação utilizada por seus colaboradores, não somente em esferas internas, mas também em um macro ambiente. Este gerenciamento informativo tem como principal objetivo minimizar as falácias degradantes, punindo e responsabilizando os seus agentes causadores, isto, com foco instrutivo.

A comunicação, tendo como ponto de partida a dialética relativa entre empresa/empregado, visa somente à transmissão de informações, sendo em um ambiente interno à organização, ou não, saber articular e difundir esta mensagem para que seu receptor não desvirtue e a repasse com ênfase denotativa é uma questão de responsabilidade, tanto da organização (através de um gerenciamento legal da informação), quanto do emissor (assumindo seu grau de verdade sobre a temática abordada), ou seja, a responsabilização destes fatores asseguram a legitimidade da imagem organizacional em um macro ambiente virtual.


Trabalho desenvolvido para a Disciplina de Redes Sociais na Instituição de Ensino Superior FADEP, no curso de Pós-Graduação em Comunicação Estratégica e Redes Sociais, sobre a orientação do professor Rodrigo M. Weinhardt. Acadêmico: Marcio Machado

2 comentários:

  1. Muito bom o texto e a visão elaborada a respeito das mídias sociais. Só pra complementar, acredito que nessa perspectiva, observa-se que a maior mudança proporcionada pelas mídias sociais na comunicação organizacional é permitir que qualquer indivíduo possa ser consumidor, produtor e transmitir informações. Parabéns Marcio!

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  2. Que texto gostoso de se ler! Realmente você escreve muito bem. A ideia desse blog é fantástica, continue alimentando-o, capacidade você tem e de sobra! Parabéns e sucesso!!!

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